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Falta pouco

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Será o Mangueirão palco de jogo de título de Campeonato Paraense mais uma vez?

O Campeonato Paraense de 2014 começa daqui a uma semana. Mais uma vez, Remo e Paysandu iniciam temporada em situações distintas: enquanto um tem participação garantida em uma série do Campeonato Brasileiro, o outro busca vaga para a última divisão nacional. Isto não é novidade, porém a diferença de critério adotado para contratações entre eles chama a atenção.

No Remo, Zeca Pirão não hesita em contratar. Jogadores foram contratados para todas as posições desde o último jogo oficial da equipe (derrota por 3-1 para o Paragominas, em maio do 2013). Alguns investimentos, inclusive, eram inesperados. O que dizer sobre a aquisição de Athos, jogador que se destacou pela Chapecoense, a qual debutará na Série A em 2014? Eduardo Ramos, Thiago Potiguar e Rodrigo Fernandes, trio com passagens pelo Paysandu, também firmaram acordo com o Leão. Além disto, vários atletas foram repatriados (André, Ratinho e Zé Soares são alguns exemplos) e Fabiano, Jhonnatan, Alex Ruan e Val Barreto, bons valores que disputaram o Parazão de 2013, permaneceram. A diretoria investiu alto, afinal só haverá atividades no segundo semestre se o Remo for campeão paraense (ou vice, desde que o Paysandu fique com o título). A pressão será grande sobre os atletas e o técnico Charles Guerreiro.

Por outro lado, o Paysandu obteve poucos reforços. Mais de 15 jogadores deixaram o clube desde o final de novembro e apenas 6 atletas foram contratados pelo Papão até o momento. A situação de Yago Pikachu está indefinida e muitos atletas farão parte do elenco profissional após a Copa São Paulo de Futebol Júnior. A diretoria fez várias contratações para tentar salvar o Bicolor do rebaixamento na Série B de 2013 e agora passa por dificuldades financeiras. As prioridades são a Copa Verde e a Série C, portanto a equipe deve enfrentar muitas dificuldades, principalmente no começo do Parazão. Este cenário lembra um pouco a situação vivida pelo Paysandu em 2012, quando bastantes jovens foram utilizados e Nad foi o técnico bicolor em toda a Taça Cidade de Belém. Na ocasião, o Paysandu chegou a ganhar o clássico válido pela fase classificatória do primeiro turno, mas não conquistou classificação para as semifinais.

As diretorias acertam no critério adotado? Sim. O Remo investe muito porque tem que ir bem no Estadual, sob pena de ficar de férias antes de julho novamente, mas o Paysandu não tem esta necessidade. Em 2012, por exemplo, o Papão não foi campeão estadual, mas conquistou o acesso à Série B. Ambos conquistarão os seus objetivos em 2014? Só o tempo dirá.

*Post publicado às 22h48 (horário de Belém) do dia 03 de janeiro de 2014

A força do futebol do interior paraense

Wando marcou o gol que salvou o Águia do rebaixamento à Série D em 2012, diante do Santa Cruz

Há 7 anos atrás, boa parte do Brasil conhecia apenas três times do futebol paraense: Remo, campeão da Série C em 2005; Paysandu, que conquistou a Série B em 1991 e 2001, ganhou a Copa dos Campeões de 2002 e fez boa campanha na Libertadores de 2003; e Tuna, campeã da Série B de 1985 e da C em 1992. Até então, apenas equipes de Belém haviam realizado façanhas em competições nacionais, porém um time do interior do estado ganhou força e foi apresentado ao país em 2008, na Série C: o Águia de Marabá Futebol Clube, que atualmente é apenas um dos dois clubes do Pará (o outro é o Paysandu) garantido em uma divisão do futebol nacional.

O Águia começou a escrever a sua história no futebol brasileiro em 2008, ano em que foi vice-campeão do Campeonato Paraense. O Azulão surpreendeu ao vencer o Paysandu por 2-1, de virada, em pleno Mangueirão na fase semifinal do 1º turno. Na decisão, um empate com o Ananindeua por 2-2 no mesmo estádio foi suficiente para garantir a conquista da Taça Cidade de Belém. No 2º turno (Taça Estado do Pará), o Azulão não conseguiu nem chegar às semifinais e o Remo foi campeão. Nas finais do campeonato, empate em 1-1 na ida e vitória do Remo por 2-1 na volta, sendo que os dois jogos foram no Mangueirão porque o Zinho Oliveira, estádio onde o Águia manda seus jogos em Marabá, não tinha a capacidade mínima exigida (5 mil torcedores). A equipe do sudeste paraense não foi campeã estadual, mas garantiu vaga na Série C, que era a última divisão do Brasil naquele ano. Com isso, já se sabia que o ano seria diferente para o Águia, pois haveria campeonato para disputar no 2º semestre.

Em 2008, três times representaram o Pará na Série C, então disputada por 64 clubes (63 naquele ano, pois Rondônia não teve representante): Remo, Águia e Paysandu. Seriam dois, mas o Remo foi um dos rebaixados da Série B de 2007, o que lhe garantia vaga na competição mesmo que não fosse bem no Estadual. O Águia ficou no Grupo 3, com Paysandu, Bacabal e Palmas. A equipe começou bem, ganhando do Palmas por 4-2 em Marabá. Em seguida, derrota para o Bacabal em casa por 3-2. Depois, nova derrota, para o Paysandu na Curuzu por 3-1. Após este jogo, o técnico Fran Costa foi demitido e João Galvão, um dos mandatários do Azulão, assumiu o comando para contenção de despesas. Imaginava-se que o Águia, 3º colocado naquele momento, apenas cumpriria tabela nas partidas restantes, visto que faria dois jogos fora e precisaria de pelo menos duas vitórias nos três finais. Porém, o Águia surpreendeu e conquistou a classificação para a fase seguinte de forma fantástica.

Com Galvão como treinador, o Águia foi ao interior do Maranhão e ganhou do Bacabal por 2-1. Três dias depois, empate em 1-1 com o Paysandu em casa obrigava o Azulão a vencer o Palmas na capital do Tocantins para se classificar sem depender do resultado de Bacabal x Paysandu. O time de Marabá não titubeou e goleou os tocantinenses por 3-0, garantindo a liderança da chave. No outro jogo, 1-1, resultado que deu a segunda vaga ao Paysandu. Na 2ª fase, Águia e Paysandu se juntaram ao piauiense Picos e ao maranhaense Sampaio Corrêa. A vida dos paraenses foi tranquila. O Paysandu se classificou uma rodada antes do fim e o Águia jogava por um mero empate em casa contra o Sampaio Corrêa. No final das contas, os marabaenses foram líderes e os bicolores ficaram em segundo. Isto garantiu, além da classificação à 3ª fase, a permanência na Série C caso não conquistassem acesso, pois a Série D foi criada em 2009 (os 20 melhores da C de 2008, exceto os 4 que subissem para a B, disputariam a de 2009, a primeira edição da 3ª divisão com 20 clubes).

Na 3ª fase, Águia e Paysandu tiveram Rio Branco e Luverdense como adversários. Poderia haver três paraenses, mas o Remo vacilou na reta final da 2ª fase e o Luverdense, hoje na Série B, aproveitou. O Águia começou vencendo Luverdense no Mato Grosso e Paysandu em casa (ambos por 3-2), mas depois empatou com o Rio Branco em Marabá (0-0) e foi goleado no Acre (4-0). Após 4 rodadas, estava desenhada uma disputa entre Azulão e Papão pelo 2º lugar. O Rio Branco ganhou do Luverdense em Lucas do Rio Verde por 1-0 e avançou (10 pontos). O Águia veio a Belém precisando de empate com o Paysandu para não se complicar. E o obteve, com gol aos 40’ do 2º tempo. O 1-1 conquistado em Belém fez com que Águia e Paysandu fossem para a última rodada com o mesmo número de pontos (8). O Águia quase perdeu a classificação em casa, ao empatar em 1-1 com o Luverdense, novamente com gol minutos antes do final. Para sorte do Azulão, o Paysandu perdeu para o Rio Branco (2-1) na cidade do mesmo nome. Acreanos e marabaenses foram ao octogonal final.

No começo da Série C, imaginava-se que Remo e Paysandu seriam os paraenses com melhor campanha, mas o Águia conseguiu algo histórico. A equipe ficou em 5º lugar e não conseguiu o acesso à Série B por um gol (empate com o Duque de Caxias em saldo de gols e a equipe fluminense levou a melhor no número de gols-pró). Na fase final da Terceirona, o Azulão mandou os seus jogos no Mangueirão, pois o Zinho Oliveira não tinha a capacidade mínima exigida (10 mil torcedores). A média de público foi de 1,2 mil a 1,5 mil torcedores. Em Marabá, acredita-se que pelo menos 2 mil pessoas acompanhariam os jogos. Apesar de não ter subido, o Águia teve um ano fantástico, diferente em relação ao que a maioria do elenco estava acostumada. Jogadores como Aleilson (que disputou a última Série B pelo Paysandu) e Felipe Mamão, revelado e pouco aproveitado pelo Remo, estiveram naquele grupo. Uma impressão muito boa ficou e 2009 prometia ser melhor.

Em 2009, a boa campanha do ano anterior apresentou resquícios. Marabá, volante que jogou em Internacional, Goiás e Cruzeiro, retornou à cidade natal para defender o Águia. O clube começava a receber jogadores importantes. O Zinho Oliveira entrou em reforma e o Azulão passou a mandar seus jogos no Rosenão, em Parauapebas. Lá, a equipe continuou fazendo história: venceu o América Mineiro por 2-1 na estreia na Copa do Brasil e se classificou ganhando no Mineirão por 1-0. Na sequência, vitória sobre o Fluminense por 2-1 no Mangueirão e derrota no Maracanã por 3-0. A classificação não veio, mas o Tricolor Carioca teve trabalho, tanto que o gol que abriu a goleada, marcado pelo atacante Maicon, saiu apenas no 2º tempo. No Parazão, uma campanha pouco destacável. O Águia não se classificou às semifinais do turno e foi eliminado nas semifinais do returno, com derrota em Santarém para o São Raimundo por 3-2. Isto não abalou a direção do clube, pois o foco era mais uma vez se destacar com uma grande campanha na Série C.

Na primeira Série C com 20 clubes (4 grupos com 5 equipes), o Águia esteve no Grupo A, com Paysandu, Luverdense, Rio Branco e Sampaio Corrêa. O time começou muito bem, com três vitórias logo na largada, mas depois caiu de rendimento e não se classificou. Naquele ano, apenas o penúltimo jogo, contra o Sampaio Corrêa (2-2), aconteceu em Marabá. Em 2010, o Águia conquistou o 2º turno do Parazão (o que garantiu vaga na Copa do Brasil de 2011), mas foi superado pelo Paysandu nas finais. Na Série C daquele ano, o Azulão teve Paysandu, Fortaleza, São Raimundo de Santarém e Rio Branco como adversários em sua chave, mas fez bonito novamente e se classificou com empate em Marabá, na última rodada, contra o Fortaleza (1-1). A equipe teve novamente a chance de subir à Série B, porém não foi párea para o ABC (campeão daquela edição) nas quartas-de-final: derrotas por 1-0 no Zinho Oliveira e 3-1 no Frasqueirão.

Nos últimos 3 anos (2011, 2012 e 2013), as campanhas do Azulão não foram destacáveis. Na Série C, a equipe disputou apenas a 1ª fase. No Parazão, o Águia caiu em 2013, disputou a 1ª fase do Parazão de 2014 e não conseguiu vaga para a principal; portanto, o time só voltará a campo em abril. De 2008 para cá, houve mais confrontos oficiais entre Águia e Paysandu (31) do que entre Remo e Paysandu (21); logo, o confronto entre marabaenses e bicolores é considerado clássico por muita gente (inclusive por quem escreve este post). Outro dado que chama a atenção é o aproveitamento do Águia em Marabá na Série C: em 36 jogos, 20 vitórias, 14 empates e apenas 2 derrotas, para Bacabal (2008, 3-2) e ABC (2010, 1-0). Os números caem se considerarmos os jogos que o Águia mandou fora do Zinho Oliveira (Mangueirão, Rosenão, etc), mas este aproveitamento foi fundamental para livrar a equipe do rebaixamento à Série D em 2012.

Para fechar, vale destacar o critério adotado para contratações, outro fator fundamental para o sucesso do Águia nestes anos de Série C. Vários jogadores que não dão certo em Remo e Paysandu ou que vão bem no Parazão são contratados (o zagueiro Bernardo, o lateral-direito Sinésio e o meia Flamel são exemplos). Alguns atletas trazidos de fora do estado não são bons, mas se encaixam no perfil do clube. Júnior Timbó foi muito bem no Azulão, tanto que o ABC, que fugiu do rebaixamento na Série B, o contratou. A estrutura do clube não é a ideal para uma Série B caso ele venha a conquistar acesso, contudo é louvável o trabalho que a diretoria aguiana faz desde 2008. Em 2014, o Águia disputará pelo sétimo ano seguido a terceira divisão nacional. Provavelmente, as dificuldades serão maiores, visto que a equipe não disputará o Campeonato Paraense. Fica a expectativa pela próxima edição da Série C.

*Post publicado às 14h02 (horário de Belém) do dia 10 de dezembro de 2013.

Pontuar fora é o caminho

Exceto os acessos de Palmeiras e Chapecoense, nada está definido na Série B. O ABC, que já era visto como virtual rebaixado, reagiu e já conquistou mais vitórias nos últimos 30 dias do que em todo o primeiro turno. O ASA, atual lanterna, está em situação bastante complicada, porém ainda há a possibilidade de que o time alagoano se salve da queda.  Mas e o Paysandu? O que o Papão precisa fazer para se garantir na Série B de 2014?

Em primeiro lugar, ganhar fora de casa. As últimas 5 partidas longe de Belém serão contra adversários quem não passam confiança jogando em seus estádios: Figueirense, América Mineiro, Joinville, ICASA e Sport. O fato de estas equipes (com exceção do Sport) estarem fora do G-4 e geralmente vacilarem quando têm a oportunidade de entrar no grupo dos 4 primeiros favorece o Paysandu. O Papão não precisa melhorar da água para o vinho, contudo tem que ser mais eficiente. Este tem sido o grande problema.

O Paysandu precisa de 16 pontos para chegar aos 45 (marca que provavelmente o deixará fora do Z-4 ao fim do campeonato), sendo que disputará 15 em casa. Pode parecer absurdo, mas é mais fácil se salvar ganhando pelo menos duas partidas fora do que vencendo as 5 que fará em casa. Jogando em Belém, foram 24 pontos conquistados de 36 disputados. O aproveitamento de 2/3 não é ruim, entretanto vacilos como empate com ASA e derrota para o São Caetano são inaceitáveis.

Pela Série B, restam 10 partidas. Esta sequência se inicia na terça, às 21h50, contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli. A esta altura do campeonato, tem que jogar para vencer todas as partidas para, no mínimo, pontuar em todas. Após o Figueira, o Paysandu enfrentará os embalados Avaí e ABC na capital paraense. Chegou a hora da verdade.

Começar bem é o caminho

Após o gol marcado sobre o São Caetano, será que Careca ganha uma nova chance no time titular do Paysandu?

Começar bem para terminar bem: até aqui, esta filosofia tem dado certo no Paysandu dentro dos jogos da Série B. Das 7 vitórias obtidas nesta Série B, em 5 o Papão chegou aos 15 minutos de jogo ganhando do seu adversário. Foi assim diante de Guaratinguetá (o Bicolor fez 2-1 na primeira quinzena), Joinville (Heliton fez 1-0 aos 11’), Sport (Marcelo Nicácio marcou aos 8’), Ceará (Eduardo Ramos anotou aos 9’) e Chapecoense (Yago Pikachu, aos 4’, e Eduardo Ramos, aos 6’). Paraná (o qual o Paysandu venceu marcando dois gols na segunda etapa) e Figueirense (que perdeu de virada na Curuzu) são exceções. Além das vitórias citadas, houve um jogo em que o Paysandu esteve à frente no placar até os 15’ do 1º tempo, mas não venceu: foi o empate em 1-1 com o ASA em Arapiraca, pela 20ª rodada. Marcelo Nicácio marcou aos 4’.

Sair na frente logo no começo e não levar o gol de empate logo em seguida (como aconteceu diante do ASA em Paragominas, na estreia) talvez seja o caminho mais indicado para passar pelo Boa Esporte, equipe que pode causar sérios transtornos mesmo dentro da Curuzu. O antigo Ituiutaba vem de 4 derrotas seguidas, porém o momento bicolor também não é dos melhores. O Paysandu perdeu na última rodada e não voltou à zona de rebaixamento, mas está com a “água no pescoço”. Diante do Atlético Goianiense, houve muita dificuldade para entrar na área e as poucas chances de gol para o Papão foram desperdiçadas. Espera que o Boa Esporte, o qual contra-ataca melhor, adote uma postura similar no começo. Mesmo que a defesa do time de Varginha não seja uma das melhores da Série B (34 gols sofridos), é provável que o Paysandu tenha problemas caso não surpreenda o adversário.

Há muitas dúvidas quanto ao time titular para o jogo de hoje. Fala-se que Paulo Rafael pode sair e dar lugar a Marcelo. Na zaga, não se sabe quem será o parceiro de Fábio Sanches. Quem será o lateral-esquerdo bicolor? Dennis permanece no XI inicial? Disto, só saberemos minutos antes de a partida se iniciar. Yago Pikachu e Raul voltam após cumprir suspensão. Marcelo Nicácio segue se recuperando de contusão. Vanderson foi expulso diante do São Caetano e também é desfalque. Marcelo, Fábio Sanches, Pablo, Vanderson (que levou cartão amarelo e vermelho direto no último sábado), Zé Antônio, Esdras, Alex Gaibu e Eduardo Ramos estão com dois cartões amarelos.

Na minha visão, este é o time ideal para enfrentar o Boa Esporte: Marcelo; Yago Pikachu, Fábio Sanches, Pablo, Alex Gaibu; Esdras, Zé Antônio; Djalma, Eduardo Ramos, Heliton; e Careca.

*Post publicado às 11h15 do dia 08 de outubro de 2013.

De quem é a culpa?

É muito fácil apontar o dedo e creditar a alguém a culpa de uma derrota. Culpar o juiz por um impedimento não marcado, o técnico por uma modificação errada ou o goleiro por uma falha incrível. Muita gente faz isto, embora o correto seja analisar o jogo inteiro. O editor deste post preza pela cautela. A derrota do Paysandu para o São Caetano, ontem em São Caetano do Sul, foi justa e fruto da incompetência da equipe, que “reabilitou” mais um adversário na Série B. Para quem não sabe, o time do ABC Paulista estava na vice-lanterna e há 5 jogos sem ganhar.

O principal culpado pelo fracasso bicolor é o ataque. Eduardo Ramos teve uma chance clara logo no começo do jogo e parou em Júnior Belliato. Dennis, no início da etapa final, também desperdiçou oportunidade real de gol. Esta ineficiência não vem de hoje. Em Arapiraca, diante do ASA (que só perdeu depois de empatar com o Paysandu), foram três gols perdidos e o castigo veio a poucos minutos do final. É algo impressionante. O Paysandu ganha um jogo em Belém e todo mundo esquece, mas na Curuzu o Papão também é ineficiente nas finalizações. Além disto, falta força no jogo aéreo em faltas e escanteios e apenas Eduardo Ramos e Zé Antônio chutam de fora da área.

A vitória do São Caetano começou a ser desenhada com gol de Fred, um dos três zagueiros que balançaram a rede do Paysandu ontem. O camisa 4 do Azulão chutou de longe e Paulo Rafael “aceitou”. O goleiro bicolor viveu ótima fase em 2012, mas não foi o mesmo depois que se lesionou gravemente. Paulo falhou também diante de Ceará e Guaratinguetá (a sorte foi que Alex Afonso meteu o braço na bola e o lance foi invalidado) nesta Série B. Talvez ele siga como titular pelo fato de Benazzi estar em Belém faz pouco tempo, mas o autor deste texto não se surpreenderá com uma possível mudança no gol para o jogo contra o Boa Esporte.

Vágner Benazzi errou na escalação. Ele mesmo falou que Raul entrou no time e Pablo foi lateral-esquerdo diante do Guaratinguetá para anular o jogo aéreo do adversário, mas contra o São Caetano não havia necessidade disto. Alex Gaibu deveria voltar à linha de defesa e Pablo para o centro dela, com Heliton atuando pela esquerda na linha de 3 meias. Além disto, o técnico demorou demais a tirar Dennis, que também desperdiçou oportunidade clara na partida contra o Guará. Benazzi não tem culpa das chances que os jogadores perdem, mas errou na escalação e demorou a mexer.

Yago Pikachu e Raul não fizeram tanta falta ao Paysandu. É lógico que a ausência deles não foi a causa principal da derrota de ontem. Na opinião deste blogueiro, Dennis tem que voltar para o banco, Pablo deve retornar à zaga e Yago Pikachu à lateral-direita. Max fez um bom primeiro tempo, mas caiu de rendimento no segundo e falhou no terceiro gol do São Caetano. Dirceu não comprometeu, mas Pablo é quem deve ser o parceiro de zaga de Fábio Sanches. Por sorte, o Atlético Goianiense não venceu e o Papão continua fora do Z-4 (16º, com 28 pontos). Vanderson, expulso infantilmente, cumprirá suspensão. Oremos para que a vitória venha diante do Boa Esporte, pois o time de Varginha foi derrotado nos últimos 4 jogos e nós sabemos qual é a especialidade do Paysandu na atual Série B.

*Post publicado às 11h45 do dia 06 de outubro de 2013.

Alento

Em Belém, não existe adversário imbatível para o Paysandu. O Papão esbarrou em São Caetano e Atlético Goianiense, mas venceu 3 dos quatro times que estão no G-4. Na noite de ontem, o Bicolor teve várias oportunidades de gol, porém marcou apenas dois, que foram suficientes para bater a Chapecoense por 2-1. Com isso, a equipe deixou a zona de rebaixamento e só volta para lá se América de Natal e Atlético vencerem no final de semana. No momento, o representante paraense na Série B ocupa a 15ª colocação, com 27 pontos.

É claro que não se pode esquecer o que já foi feito até aqui, mas Vágner Benazzi dá um alento ao torcedor bicolor. Embora o ideal fosse vencer as duas últimas partidas na Curuzu, o aproveitamento não foi ruim: 4 pontos conquistados de 6 disputados. As primeiras escalações do novo treinador agradaram e foram baseadas em critérios justos. Benazzi não faz as mesmas loucuras que Arturzinho, como pôr jogadores fora de forma para atuar em vários jogos em sequência. Esta, entretanto, não é a única atitude que me agrada.

Vágner Benazzi falou na entrevista coletiva realizada após o jogo de ontem que é necessário abrir mão do campeonato estadual para que se possa ter uma pré-temporada. Isso demonstra que ele tem conhecimento, o que é importante agora para livrar o Paysandu do rebaixamento. As mexidas do treinador para o jogo contra a Chapecoense foram plenamente justificáveis. Benazzi, aliás, mostra que não pretende sobrecarregar os atletas. Para a partida contra o Guaratinguetá, pelo menos duas alterações devem acontecer. Pablo, suspenso pelo terceiro amarelo, é desfalque certo.

Agora, fica a expectativa pelas primeiras atuações do Paysandu com Vágner Benazzi no comando. Será que o Papão finalmente vencerá fora de casa? A reapresentação dos que jogaram contra a Chapecoense acontecerá na tarde de quinta-feira. No domingo, a viagem ao estado de São Paulo.

Abaixo, parte da entrevista coletiva de Vágner Benazzi:

*Post publicado à 1h02 do dia 25 de setembro de 2013.

(OBS: diferentemente do que foi informado aqui, Pablo não tomou o terceiro amarelo e enfrentará, sim, o Guaratinguetá. O cartão amarelo o qual imaginava-se que ele teria levado foi aplicado para Rafael Lima, zagueiro da Chapecoense, na verdade)

Pensando no próximo desafio

O Paysandu finalizou na manhã desta segunda-feira a sua preparação para o jogo de terça, contra a Chapecoense, às 19h30 na Curuzu. Vágner Benazzi não confirmou o XI inicial bicolor para amanhã, mas é certo que haverá pelo menos uma mudança, visto que o nome de Gilton não aparece na lista de relacionados. Eduardo Ramos cumpriu suspensão e volta. Com isso, Alex Gaibu deve ser improvisado na lateral-esquerda. O provável time para amanhã: Paulo Rafael; Yago Pikachu, Fábio Sanches, Pablo, Alex Gaibu; Vanderson, Zé Antônio; Jailton, Eduardo Ramos; Marcelo Nicácio e Aleilson.

Após o treinamento recreativo de hoje, a delegação do Papão, que conta com 20 jogadores, se dirigiu ao hotel Vila Rica, local onde está concentrada. Yago Pikachu, Vanderson, Alex Gaibu e Marcelo Nicácio foram poupados, contudo não há risco de eles ficarem de fora do jogo. O meia Tallys deu voltas no gramado e deve ficar à disposição dentro de 10 dias. Careca não esteve presente na atividade desta segunda, entretanto também está em fase final de recuperação. Raul já está reabilitado, mas permanece fora das relações por opção técnica. Leonardo segue no departamento médico, com lesão na coxa.

Estão concentrados os goleiros Paulo Rafael e Marcelo; os zagueiros Fábio Sanches, Pablo e Diego Bispo; os laterais Yago Pikachu e Max; os volantes Vanderson, Zé Antônio e Esdras; os meias Alex Gaibu, Eduardo Ramos, Jailton, Djalma e Lineker; e os atacantes Marcelo Nicácio, Aleilson, Heliton, Iarley e Dennis. A grande novidade é Dennis, contratado junto à Ponte Preta na semana passada. Marcelo, Raul, Pablo, Zé Antônio e Esdras estão com dois cartões amarelos.

Para deixar a zona de rebaixamento, o Paysandu precisa vencer a Chapecoense e torcer para que América/RN e/ou Atlético/GO percam. Ambos jogam no sábado. O América vai a São Paulo, onde encara o Palmeiras às 16h20 no Pacaembu. O Atlético será o adversário do ICASA em Juazeiro do Norte no mesmo horário.

*Post publicado às 15h40 do dia 23 de setembro de 2013.

As mesmas falhas

A derrota para o América de Natal, ontem em Goianinha, serviu para alertar o torcedor do Paysandu. Os problemas da equipe foram apenas minimizados por algumas rodadas, mas não resolvidos definitivamente. O mais preocupante é que o tempo está passando e o Papão não consegue ganhar fora de casa. Muita gente afirma que o Bicolor se salva caso ganhe todas as partidas que fará em Belém, porém é bem provável que haja tropeços. Por isto, é necessário “roubar” pontos dos adversários.

No Nazarenão, não se viu nada de surpreendente. Como ocorreu em vários jogos (diante do Boa Esporte, por exemplo), a defesa bicolor falhou demais e permitiu ao oponente criar várias chances de gol. O América ganhou por 3-0, mas a goleada poderia ter sido maior se o ataque do Mecão fosse mais eficiente. Vanderson fez falta, mas não há como garantir que apenas a vontade dele seria suficiente para que os problemas do Paysandu fossem resolvidos. Fábio Sanches e Leonardo deixaram muito a desejar. A falha de Paulo Rafael no último gol não fez tanta diferença, pois o resultado já estava definido.

Os jogadores de frente passam a impressão de que têm medo de errar. Em muitos momentos, eles demoraram a finalizar. O Paysandu conseguiu entrar (ou pelo menos se aproximar) na área com bastante frequência, contudo houve poucos arremates. Eduardo Ramos errou passes inacreditáveis, o que me faz pensar que ele só joga quando quer, afinal ninguém ameaça a sua titularidade. Iarley está cansado, pois é um atleta de quase 40 anos e não deveria ser titular. Heliton escorregou o tempo todo, visto que a chuva caiu durante o jogo inteiro. Aleilson se movimentou bem, mas não fez uma boa atuação.

Ninguém me tira da cabeça que Arturzinho será demitido ainda neste mês, a menos que algo surpreendente aconteça. Ele não é um mau treinador, porém alguns conceitos seus são equivocados na minha visão. Garotos como Bruno, Romário e Gleissinho deveriam ser utilizados. Se o Paysandu perder um dos dois próximos jogos que fará em Belém (contra Atlético/GO e Chapecoense) ou não vencer nenhum, creio que Artur não resistirá. Obviamente, o Paysandu pode ir além das expectativas e vencer o Paraná na próxima terça-feira em Curitiba. O certo é que a situação do Papão fica mais incômoda a cada rodada.

O Paysandu deixa Parnamirim, onde está hospedado, às 12h deste domingo. Às 23h30, o elenco bicolor chega a Curitiba. Na tarde de amanhã, haverá treino no CT da Graciosa, que pertence ao Coritiba. A princípio, não há novos desfalques. Às 21h50 de terça, o Papão enfrenta o Paraná, na Vila Capanema. O retorno a Belém acontecerá na quarta-feira.

*Post publicado à 1h02 do dia 15 de setembro de 2013.

Embalou

Foto: Tarso Sarraf/O Liberal

Ontem, o Paysandu chegou ao 4º jogo sem derrota. Na Curuzu, o Papão teve dificuldades, mas bateu o Ceará por 2-1. A vitória bicolor, combinada com o empate do América/RN e a derrota do Atlético/GO, possibilitou ao representante paraense na Série B a saída da zona de rebaixamento. Agora, o Paysandu é o 16º colocado, com 23 pontos. Os próximos dois jogos do Bicolor serão fora de casa, contra o América/RN, em Goianinha, e o Paraná, em Curitiba.

No jogo de ontem, o que se viu foi mais uma boa atuação do Papão. O futebol apresentado, talvez, não fosse suficiente para bater o bom time do Ceará, que deu muito trabalho, embora não tenha vencido fora de casa. A parte ofensiva do bicolor tem suas limitações (principalmente sem Marcelo Nicácio), mas a defesa mostra bastante solidez. O Ceará teve sorte no lance do gol. Léo Gamalho chutou, Vanderson desviou, a bola subiu e desceu dentro da pequena área. Ricardinho teve apenas o trabalho de completar para a rede.

É normal que o Paysandu sinta o desgaste no 2º tempo. Desde o jogo contra o Bragantino, o XI inicial sofre poucas modificações. É compreensível que Iarley (39 anos) tenha quedas bruscas de rendimento em etapas finais. Porém o mais importante é que haja superação. Dentro de casa, o Papão tem que fazer de tudo para ganhar os jogos. Não importa o adversário. O torcedor tem que “abraçar” esta ideia. Claro que pontuar somente em Belém não basta, entretanto vitórias em sequência em casa são fundamentais para que a equipe permaneça na Série B.

O jogo de ontem mostrou que não há craque no Paysandu. É óbvio que Eduardo Ramos tem muita qualidade, mas ele não é o centro de tudo. O camisa 10 fez um belo gol de fora da área, todavia todos os jogadores foram importantes para o triunfo. Assim como o Ceará teve sorte no seu gol, Heliton contou com desvio de um defensor do Vozão para marcar o gol da vitória do Papão. Aliás, eu não me lembro de um jogo nesta Série B em que o Paysandu tenha marcado pelo menos dois gols em chutes de considerável distância. É como diz o ditado: “Quem não chuta, não marca”.

Os jogadores que atuaram ontem se reapresentam na tarde desta quarta-feira. A viagem ao Rio Grande do Norte acontecerá na noite de amanhã. Fábio Sanches cumpriu suspensão e fica novamente à disposição. Abaixo, boa parte da entrevista coletiva de Arturzinho:

*Post publicado às 15h06 do dia 11 de setembro de 2013.

Chegou a hora de deixar o Z-4?

Nesta terça-feira, o Paysandu volta a campo pela Série B. O Papão recebe o Ceará, às 19h, na Curuzu. Uma vitória pode tirar a equipe bicolor da zona de rebaixamento, contudo o jogo promete ser difícil, visto que o Vozão não perde há 5 jogos. O alvinegro da capital cearense apresenta uma boa sequência nas últimas partidas, mas não está tão distante do Z-4 (é o 12º colocado, com 26 pontos). É um jogo fundamental para ambos os times. O horário não auxilia, porém a Curuzu deve receber um bom público.

O Paysandu realizou ontem o seu único trabalho após o retorno de Arapiraca. O XI inicial sofre duas mudanças para o jogo de hoje: Marcelo Nicácio, lesionado, dá lugar a Aleilson e Fábio Sanches, suspenso, deve ser substituído por Pablo, que apareceu no time titular no treinamento de ontem. Arturzinho treinou bolas paradas, visto que o Papão marcou poucos gols através de falta no campeonato. A concentração começou às 12h de ontem no Hotel Vila Rica. Provável escalação: Paulo Rafael; Yago Pikachu, Leonardo, Pablo, Gilton; Vanderson, Zé Antônio; Jailton, Eduardo Ramos, Iarley; e Aleilson. Banco: Matheus (relacionado pela primeira vez), Diego Bispo, Max, Romário, Fabiano, Billy, Djalma, Alex Gaibú e Heliton. Dos relacionados, Eduardo Ramos é o único com dois cartões amarelos.

Os ingressos para o jogo serão vendidos até as 12h nas drogarias Big Ben. Daí em diante, apenas nas bilheterias da Curuzu. Arquibancadas a R$ 20,00, cadeiras a R$ 50,00.

Abaixo, entrevista com Yago Pikachu:

*Post publicado às 10h17 do dia 10 de setembro de 2013